Do fechamento às aberturas: Uma fenomenologia do corpo nas práticas de cuidado de um Centro de Convivência e Cultura (CECCO)
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Palabras clave

Corpo
Saúde Mental
Fenomenologia
Desinstitucionalização
Cuidado

Resumen

Este artigo tematiza as relações entre corpo e saúde mental a partir das intervenções realizadas por um Centro de Convivência e Cultura (CECCO) na cidade brasileira de Natal. Neste sentido, tem por objetivos: compreender as experiências vividas pelos usuários e equipe deste serviço; refletir sobre o corpo e a desinstitucionalização das práticas de cuidado em saúde mental. Tratou-se de uma pesquisa fenomenológica, cuja reflexão e interpretação se deu a partir da perspectiva de Merleau-Ponty (2018). As experiências vividas junto ao CECCO trazem a possibilidade de desmedicalizar o corpo, na medida em que se abre a possibilidade de vivenciá-lo a partir de suas sensações, movimentos, afetos e percepções relacionadas ao autocuidado. O corpo no CECCO também é vivenciado a partir de experiências de criação artística que possibilitam a desconstrução de estigmas relacionados ao diagnóstico de doença mental. Já as relações de convivência que se constituem a partir do serviço abrem o corpo para processos de intercorporeidade inauguradores de subjetividades que se dão no ato de encontro dos corpos em movimento pela existência. Estas aberturas possibilitam a ressignificação de noções relacionadas à saúde, criando assim novas perspectivas para o cuidado.

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